Desconfio
que a vida nos oferece oportunidades de sermos bons o tempo todo, nós é
que demoramos a entender ou fracassamos em aceitar.
Desconfio
que somos desafiados a usar nossos talentos para o bem comum, muito
mais vezes do que podemos contar, mas poucas vezes dispomos a arriscar.
Desconfio
que o mundo poderia ser bem melhor se houvesse mais música, mais
doações de sangue, mais leituras e flores colhidas e oferecidas… mas nem
sempre estamos prontos a ofertar.
Desconfio
que fazer o bem está mais perto do que imaginamos, mas poucas vezes
somos solícitos o bastante para doar nosso tempo e nosso talento em prol
de alguém.
Desconfio
que a vida não nos pede muito, apenas aquilo que podemos dar, mas
muitas vezes desistimos das possibilidades em nome da comodidade.
Desconfio
que para fazer o bem não preciso esperar que ninguém venha atrás de
mim, é comigo que preciso contar, é através do meu esforço que posso
realizar.
Uma
prece, um livro lido no meio da tarde, uma carta escrita à mão. Uma
visita inesperada, uma doação de sangue, uma música de bom dia. Um
elogio, um abraço, um sorriso. Uma gentileza, um ato de paciência, uma
ajuda financeira, um aperto de mão.
Tudo
são bênçãos, possibilidades de fazermos “alguma coisa”. Tudo são
presentes, oportunidades de “fazer o que pode, sempre que pode…”
fabíola simões