Bom dia.
Ontem, já certa hora da noite trocando de canal em canal, encontro por mais uma vez o filme: Intocáveis, não que eu ainda não tivesse assistido, porque sinceramente já pude vê-lo mais de 3 vezes, (rsrs), mais é uma historia tão chamativa e tocante que me renovo cada vez que vejo. E hoje pela manhã encontro uma postagem referente a esse filme e de como ele tem haver muito em nossas vidas.
boa leitura . :)
Por: http://maonarodablog.com.br/author/cris/
Esse final de semana fui assistir ao filme “Intocáveis”. Apesar de
ter ouvido falar muito bem do filme, não coloquei muita fé. Tenho um pé
atrás com filme francês. Achei que seria legal, mas nada de mais. Porém,
me enganei. Saí do cinema encantada com a história. O filme é sobre a
amizade entre um tetraplégico milionário e seu ajudante, chamado Driss,
personagem pelo qual fiquei apaixonada. A deficiência passa longe do
tema central, é apenas um pano de fundo para a amizade e cumplicidade
dos dois personagens. Em um momento da história perguntam ao milionário
porque escolheu alguém tão fora dos padrões, sem qualificação e
provavelmente nenhuma compaixão. A resposta dele é simples: “É isso
mesmo. É exatamente o que quero, nenhuma compaixão. Ele sempre me passa o
telefone. Sabe por quê? Ele esquece”. Achei a resposta fantástica, e
fiquei pensando nos “Driss” que conheço.
Tenho um amigo que não se cansa de me chamar pra correr na Lagoa ou
subir a Pedra da Gávea. Há quem diga que é distração ou até
insensibilidade. Eu diria que é pelo simples fato de que a minha lesão/
deficiência/ limitação não tem nenhum impacto sobre ele, e por isso o
poder ou não fazer algo acaba sendo subjetivo, pois ele simplesmente
esquece que existe uma limitação. O que dá um certo alívio e acaba
sendo engraçado muitas vezes. Claro que as pessoas são diferentes, e nem
acho que todos tem que ser assim, cada um tem seu jeito. Mas quando se é
deficiente e encontra alguém assim, te faz questionar muita coisa, pelo
menos acontece comigo. Fico pensando o quanto da limitação tá em mim. O
poder ou não fazer algo é muito relativo, e provavelmente é diretamente
proporcional ao desejo de se concretizar algo. Ok, não acho que vá
subir a pedra da Gávea, mas sei que se fosse algo que realmente quisesse
veria as possibilidades e correria atrás. É importante se abrir, a vida
é curta e tem tanta coisa bacana pra se viver! Muitas vezes me pego
fechada no meu mundico, zona de conforto, e esqueço quanta coisa ainda
posso fazer e querer. É bom, se não fundamental, ter pessoas que abram a
nossa cabeça, ampliem nossos horizontes. Né, não?
Sei que infelizmente nem todo mundo é do mesmo jeito. Muitos já
tiveram seus “Driss”, mas por estarem tão fechados no seu mundinho, não
conseguem se abrir pro novo. Uma pena. Acho que a beleza do filme tá
nessa amizade que só foi possível porque os dois estavam abertos para o
diferente. Enfim, chega de filosofia de botequim, mas acho que é um
filme que qualquer um pode se identificar, deficiente ou não. Basta
estar aberto para o mundo. Quem puder corre pro cinema, vale muito a
pena!