terça-feira, 16 de dezembro de 2014

... defendendo a vida!!!

Defendo a alegria de sexta-feira mesmo sabendo que a segunda-feira preguiçosa está quase chegando. Ainda assim, saio em defesa da esperança de dias melhores. Defendo a diversidade de ser eu, tu, ele, nós, vós, elas seja na raça, credo, cor e no amor. Cada um que siga o seu destino. Cada um que faça a sua história. Defendo ser forte, fraca, vulnerável, qualquer outra coisa da série “sou”, sem inventar, pensar, medir ou retrair. 

Defendo a autenticidade. Eu defendo o livre arbítrio, portanto é permitido quebrar a cara, as regras e voltar se quiser, com o joelho roxo e o coração esfolado. Defendo porque cada um tem o direito de produzir suas próprias experiências. Defendo o direito de ser dolorosamente humano, deliciosamente sonhador, intempestivamente corajoso. Defendo para afastar o ranço da obviedade. Defendo o choro quando ele for necessário e o riso quando for indispensável, porque todos possuem o direito de atolar o rosto nas tristezas, para sair com uma alegria característica da superação. 

Defendo a vida como única propriedade que temos e o mais que surgir pelo caminho, são coisas sortidas, avulsas e provisórias, inclusive o amor. Então, é preciso viver mesmo denso ou delicado. Viver enquanto é tempo. Defendo a obrigatoriedade de fazer coisas banais. Lavar louça após o jantar de comemoração, sem a tristeza de estragar as unhas. Acordar cedinho para ver o céu sem resmungar pela hora. Tomar banho, cantando desafinado, sem querer alcançar os acordes musicais de um tenor de sucesso. Defendo a exclusividade de todos os ciclos, da fartura de felicidade a escassez de motivos. Das sombras noturnas à claridade dos dias. 

Defendo a vida coletiva, a interação e a permissividade de momentos de reclusão como necessários para reabastecer a alma. Defendo os sentimentos verdadeiros e a valentia para divulgá-los. A coragem para afastar o medo. A bondade para estender a mão. A humildade para perdoar. A infinita capacidade para recomeçar. Defendo a insistência. A tolerância e o companheirismo. Defendo colher girassóis à tardinha. Pintar o dia mais cinzento. Bordar ternura nas palavras mais ásperas. Celebrar a gratuidade da natureza. Cabular as mágoas. Aceitar os abraços. Dar à mão a palmatória para mudar de rota. Virar o disco. Defendo a delicadeza das mãos dadas. A gentileza das esperas. Defendo o novo jeito de viver sem o velho manual rígido que nos obriga a fazer coisas sem sentido Defendo a liberdade e o calor mais bonito do encontro humano. Defendo e inauguro essas anotações.

ita portugal

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz.

Nem todo pedaço de pedra se parece com tijolo ou com pedra de giz. Avião parece passarinho que não sabe bater asa. Passarinho voando longe parece borboleta que fugiu de casa. Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar. Flor parece a gente, pois somos semente do que ainda virá. A gente parece formiga lá de cima do avião. O céu parece um chão de areia, parece descanso pra minha oração. A nuvem parece fumaça, tem gente que acha que ela é algodão. Algodão às vezes é doce, mas às vezes não é doce não. Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar. E o dia parece metade quando a gente acorda e esquece de levantar. Eu não pareço meu pai, nem pareço com meu irmão. Sei que toda mãe é santa, sei que incerteza traz inspiração. Tem beijo que parece mordida, tem mordida que parece carinho. Tem carinho que parece briga, tem briga que aparece pra trazer sorriso. Tem riso que parece choro, tem choro que é pura alegria. Tem dia que parece noite. E a tristeza parece poesia. Tem motivo pra viver de novo, tem o novo que quer ter motivo. Tem aquele que parece feio, mas o coração nos diz que é o mais bonito. Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais.

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

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Acredite e viva!!! :D :D

Nada como o firmamento para trazer ao pensamento a certeza de que estou solido em toda área que ocupo, e a imensidão aérea é ter o espaço do firmamento no pensamento e acreditar em um dia voar...


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